Viagens
Dessa vez fomos até quase o final do Chile, onde acaba o asfalto, na Ilha de Chiloé. Mas também passamos pela belíssima Puerto Varas, Vila La Angostura e descobrimos a pitoresca San Antonio de Areco, que não constava dos planos iniciais. Foram 21 dias e quase 8.00 km de muita paisagem linda.
Essa foi a viagem mais longa que fizemos, quase 10.000 km (ida e volta). Fomos até a última cidade antes do Estreito de Magalhães, Rio Gallegos. Andamos sobre o Glaciar Perito Moreno e visitamos colônias de pinguins e lobos marinhos fantásticas.
Nessa viagem o Conrado foi com um amigo, Marcelo Loch, pois o roteiro previa quase 1.000 km de estradas não pavimentadas bastante difíceis, acessíveis apenas para pilotos mais experientes. Foram 12 dias, 5.600 km e muita lama, além de paisagens exuberantes.
Essas férias foram mais curtas, tínhamos apenas 15 dias para rodar. O Conrado estudou vários roteiros, mas um dos mais atraentes para um espaço de tempo tão curto (não dá para ir muito longe) são os Valles Calchaquíes, no noroeste da Argentina. Já havíamos passado por uma parte dele na viagem de 2005, mas muitas das belezas foram injustamente ofuscadas pela experiência surreal de cruzar o Paso San Francisco. Assim, voltamos com mais calma a um lugar que tinha deixado ótimas lembranças.
Saímos de Florianópolis rumo ao oeste de Santa Catarina, atravessamos a Argentina e cruzamos a Cordilheira dos Andes e todo o deserto do Atacama até Iquique, cidade chilena à beira do Oceano Pacífico. Foram 21 dias e quase 7.000 km de belezas e surpresas, paisagens constrastantes e bichos exóticos.
Essa foi a minha (Lígia) primeira longa viagem pilotando. Contornamos o litoral do Uruguai e ficamos alguns dias na charmosa Colônia de Sacramento, às margens do Rio da Prata. O Uruguai é um país calmo, pessoas gentis e trânsito tranquilo, pelo menos nas cidades menores. O passeio durou 15 dias e foi muito repousante.
Essa foi a viagem mais inesquecível de todas. A paisagem do Paso San Francisco é única e fantástica, quase surreal. São quase 500 km de estrada absolutamente deserta e levamos 13 horas para fazer o percurso, sendo 8 horas a mais de 4.000 m de altitude. Fomos em 4 motos, num total de 7 pessoas. Ninguém se esquece da experiência até hoje.
Dessa vez começamos a exploração da Patagônia Argentina. Descemos até a Península Valdés, uma reserva biológica protegida e bem organizada. Visitamos também Punta Tombo, a maior colônia de pinguins do continente com mais de 1 milhão desses bichos fofos. Depois cruzamos o país em direção à Cordilheira dos Andes e passamos por Esquel, pelo bosque Los Alerces, Bariloche e a linda San Martin de los Andes.
O paso Agua Negra não é asfaltado e fica aberto apenas em algumas épocas do ano, quando a neve derrete. Mesmo assim, há o gelo eterno, espigões da altura de uma pessoa apontados para o céu, como se estivessem rezando (por isso, são chamados “los penitentes”). A paisagem é de tirar o fôlego, as montanhas são coloridas por causa da alta concentração de minérios e os lagos de degelo têm uma cor maravilhosa.
Essa foi a primeira viagem que fizemos, completamente despreparados e sem saber o que nos esperava. Foram 3 casais e o passeio foi ótimo, tanto que nos motivou a repetir a dose. Subimos o vulcão Villa Rica, em Pucón, no sul do Chile. Naquela época a gente não tinha muita ideia e nem informação. As câmeras eram de fime e somente algumas fotos foram digitalizadas. Precisamos voltar, com certeza.
Laguna Verde, Paso San Francisco, Chile • janeiro 2007
